Os dias que correm são de uma agitação permanente, comparável somente à desordem crónica da Primeira República. Não porque os governos caíam a toda a hora (pelo menos os de esquerda, porque os de direita, mesmo com amplas maiorias no parlamento, podem ser derrubados com justificações imbecis), mas porque os cidadãos são atacados a todo o momento e se vêem impotentes para enfrentar os ataques de que são alvo.
Nunca a insegurança foi tão gritante para a maioria dos portugueses, principalmente para os mais velhos. Antigamente andava-se a qualquer hora da noite por essa Lisboa, hoje nem de dia se pode andar descansado. Esta sensação de insegurança, intensificada pela repetição diária de actos violentos, demonstra não só a crise social motivada por factores económicos e por uma forte quebra de valores mas também a inoperância do Estado no combate ao crime e no fortalecimento da confiança dos cidadãos.
Pois bem, a questão é que o Estado, essa entidade distante quando somos assaltados ou ameaçados, está bem presente quando nós, cidadãos cumpridores, prosseguimos a nossa vida, sendo frequentemente um factor de medo e de insegurança para o comum cidadão, principalmente quando contactamos com as finanças, as forças policiais, a ASAE, uma repartição pública ou um hospital. Muitas vezes vivemos tão ou mais assustados com o Estado do que com os criminosos porque, apesar destes serem violentos, aquele domina completamente a nossa vida, sugando o fruto do nosso trabalho, esmagando os nossos sonhos, controlando os nossos movimentos, mandando-nos calar.
O que mais revolta é ver que enquanto os criminosos actuam impunemente, esfaqueando alvejando, espancando e eliminando pessoas indefesas e até testemunhas e informadores, a Polícia Judiciária e o Ministério Público são tomados de assalto por vaidades, indecisões e guerrilhas pessoais. Pergunto-me, afinal, para que precisamos do Estado e porque pagamos os ordenados a pessoas que, manifestamente, foram suficientemente incompetentes para permitir que acontecesse o que aconteceu, uma vez que a sua função não é somente prender os criminosos, mas também prevenir as suas acções.
Vejo que hoje é mais fácil comprar uma pistola do que tabaco e que um homicida é menos perseguido do que um fumador. E isso entristece-me.
Nunca a insegurança foi tão gritante para a maioria dos portugueses, principalmente para os mais velhos. Antigamente andava-se a qualquer hora da noite por essa Lisboa, hoje nem de dia se pode andar descansado. Esta sensação de insegurança, intensificada pela repetição diária de actos violentos, demonstra não só a crise social motivada por factores económicos e por uma forte quebra de valores mas também a inoperância do Estado no combate ao crime e no fortalecimento da confiança dos cidadãos.
Pois bem, a questão é que o Estado, essa entidade distante quando somos assaltados ou ameaçados, está bem presente quando nós, cidadãos cumpridores, prosseguimos a nossa vida, sendo frequentemente um factor de medo e de insegurança para o comum cidadão, principalmente quando contactamos com as finanças, as forças policiais, a ASAE, uma repartição pública ou um hospital. Muitas vezes vivemos tão ou mais assustados com o Estado do que com os criminosos porque, apesar destes serem violentos, aquele domina completamente a nossa vida, sugando o fruto do nosso trabalho, esmagando os nossos sonhos, controlando os nossos movimentos, mandando-nos calar.
O que mais revolta é ver que enquanto os criminosos actuam impunemente, esfaqueando alvejando, espancando e eliminando pessoas indefesas e até testemunhas e informadores, a Polícia Judiciária e o Ministério Público são tomados de assalto por vaidades, indecisões e guerrilhas pessoais. Pergunto-me, afinal, para que precisamos do Estado e porque pagamos os ordenados a pessoas que, manifestamente, foram suficientemente incompetentes para permitir que acontecesse o que aconteceu, uma vez que a sua função não é somente prender os criminosos, mas também prevenir as suas acções.
Vejo que hoje é mais fácil comprar uma pistola do que tabaco e que um homicida é menos perseguido do que um fumador. E isso entristece-me.
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